top of page
  • Instagram
  • YouTube
  • TikTok

Tecido ósseo

    O tecido ósseo é uma forma de tecido conjuntivo especializado mineralizado formado por células: a matriz óssea, a qual apresenta 50% de parte orgânica e 50% de material mineral.

    Sua parte orgânica é composta por cerca de 95% de colagéno tipo I; glicosaminoglicanos e proteoglicanos semelhantes aos da cartilagem e glicoproteínas adesivas. Já a parte inorgânica, há íons fosfato e cálcio que formam cristais de hidroxipatita

    Dessa forma, a característica marcante e a que distingue esse tecido é a mineralização de sua matriz, que por sua rigidez, proporciona suporte e proteção entre outras funções.

 

    As funções do tecido ósseo são variadas como:

    a) parte principal do esqueleto, em que oferece estrutura e suporte para as partes moles e proteção de órgãos vitais;

    b) contém e protege a medula óssea, formadora das células do sangue;

    c) confere apoio aos músculos esqueléticos e constitui um sistema de hastes de alavancas que amplia as forças geradas na contração muscular;

    d) serve de local de armazenamento de cálcio e fosfato; 

    d)  e funciona como regulador da homeostático dos níveis de cálcio no sangue.

    A matriz também contém outras proteínas (não colágenas) que constituem a substância fundamental do osso. Como componente menor do osso, constituindo apenas 10% do peso total das proteínas da matriz óssea, elas são essenciais para o desenvolvimento, o crescimento, a remodelação e o reparo ósseos. Tanto o colágeno quanto a substância fundamental tornam-se mineralizados para formar o tecido ósseo.

    Os quatro grupos principais de proteínas não colágenas encontradas na matriz óssea são: as macromoléculas de proteoglicanos; as glicoproteínas multiadesivas; as proteínas dependentes de vitamina K e os fatores de crescimento e as citocinas.

A estrutura básica de um osso.

    No osso longo  (espécie de cilindro) podemos diferenciar uma parte central (diáfise) e duas extremidades: epífises proximal e distal.

    As epífises são formadas por tecido ósseo esponjoso, que, na superfície, é revestido por uma camada de tecido ósseo compacto. No osso esponjoso, a medula é abundante em trabéculas.

    A diáfise e as epífises estão unidas por um tecido cartilaginoso que permite o desenvolvimento do osso em comprimento até que o indivíduo complete o seu desenvolvimento esquelético.

    A medula do osso desempenha uma função importantíssima: ela fabrica os glóbulos do sangue, sejam os vermelhos ou brancos.

    Vários ossos são atravessados por furos (forames) que servem de passagem a órgãos importantes como vasos e nervos, além dos furos que penetram no seu interior em que os vasos devem nutri-los.

   O periósteo é uma membrana fibrosa cuja função é de nutrir o osso e de fazê-lo crescer em espessura (enquanto o osso cresce em comprimento por meio das cartilagens de conjugação).

osso.jpg

    Trabéculas ósseas são lacunas - que contém células ósseas (osteócitos) - conectadas por uma rede de canalículos que apresenta numerosos prolongamentos alojados em pequenos túneis os quais varrem a matriz mineralizada e conectam com as lacunas vizinhas formando uma espécie de rede contínua óssea.

Slide1.JPG

    Na parte vermelha temos a região articular que, em geral, é de cartilagem hialina sobreposta a uma delgada camada de osso compacto.

    Já em azul claro, interior das epífises, há milhões de pequenas trabéculas ósseas organizadas tridimensionalmente originando uma estrutura com inúmeras pequenas cavidades visíveis macroscopicamente; o osso esponjoso.

    Na região da diáfise, em roxo, temos uma parte oca que forma o canal medular cujo interior é ocupado in vivo por medula óssea.

Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/7-2-tecido-osseo/

   Além dos osteócitos, quatro outros tipos de células estão associados ao osso:

    a) células osteoprogenitoras são derivadas das células-tronco mesenquimatosas; dão origem aos osteoblastos os quais secretam a matriz extracelular do osso (quando a célula é circundada pela sua matriz secretada, é denominada osteócito).

    b) células de revestimento ósseo permanecem na superfície óssea quando não há crescimento ativo. Originam-se dos osteoblastos que permanecem no tecido mesmo após o fim da deposição óssea.

    c) osteoclastos reabsorvem o tecido ósseo e se encontram nas superfícies ósseas onde o osso está sendo removido ou remodelado (reorganizado) ou onde o osso foi danificado. Ou seja,  são células fagocíticas derivadas da fusão de células progenitoras hematopoéticas na medula óssea, que dão origem às linhagens de granulócitos neutrófilos e monócitos. 

Slide1.JPG
Slide1.JPG

Desenho esquemático das células associadas a osso. Todas as células, com exceção dos osteoclastos, originam-se a partir das células-tronco mesenquimatosas, que se diferenciam em células osteoprogenitoras, osteoblastos e, por fim, osteócitos e células de revestimento ósseo. As células de revestimento ósseo sobre as superfícies ósseas externas constituem parte do periósteo, daí o termo células periosteais. As células de revestimento ósseo nas superfícies ósseas internas são frequentemente denominadas células endosteais. Observe que as células osteoprogenitoras e as células de revestimento ósseo exibem uma aparência microscópica semelhante e são frequentemente difíceis de distinguir umas das outras. Os osteoclastos originam-se de células progenitoras hematopoéticas, que se diferenciam em células de reabsorção óssea.

Fonte: Pawlina, W. (2021). Ross Histologia - Texto e Atlas (8th ed.). Grupo GEN. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788527737241

As lamelas concêntricas que circundam o canal de Havers constituem um ósteon (sistema de Havers). Consiste em várias lamelas concêntricas que foram parcialmente removidas para mostrar a orientação perpendicular das fibras colágenas nas camadas adjacentes. As lamelas intermediárias resultam da remodelação óssea e da formação de novos sistemas de Havers. As superfícies interna e externa do osso compacto neste diagrama exibem lamelas adicionais – as lamelas circunferenciais externas e internas – dispostas em camadas mais largas. Tanto as lamelas circunferenciais internas quanto o osso esponjoso na superfície interna do osso compacto estão cobertos por uma fina camada de endósteo, voltada para os espaços medulares. A superfície externa do osso é coberta pelo periósteo, que contém uma camada mais espessa de tecido conjuntivo. Ramos das artérias nutridoras e pequenas veias, acompanhados de nervos, são observados dentro dos canais de Havers e de Volkmann. Esses vasos e nervos também suprem o periósteo e o endósteo.

Fonte: Pawlina, W. (2021). Ross Histologia - Texto e Atlas (8th ed.). Grupo GEN. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788527737241

Slide1.JPG
Slide1.JPG

A foto mostra um aumento da “fronteira” entre o osso compacto e o esponjoso da diáfise do fêmur. B. Com o uso da tomografia computadorizada (TC) de alta resolução, foi obtida uma reconstrução tridimensional dos canais de Havers e de Volkmann de uma parte do osso compacto indicada na fotografia adjacente. Observe que os canais de Havers seguem um percurso paralelo uns aos outros, longitudinal ao maior eixo do osso, e estão interconectados por canais de Volkmann de orientação perpendicular. (Cortesia do Dr. Mark Knackstedt, Australian National University.)

Fonte: Pawlina, W. (2021). Ross Histologia - Texto e Atlas (8th ed.). Grupo GEN. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788527737241

Na lâmina ao lado temos em amarelo a formação do tecido ósseo. Tal matriz neoformada tem cor fortemente eosinófila e não apresenta lamelas, sendo homogênea (conhecida em inglês como woven bone). A linha azul é chamada de cementante e separa a matriz óssea neoformada da matriz madura indicada na cor roxa. Em vermelho temos os osteoblastos que são responsáveis pela construção e deposição de matriz óssea enquanto que os osteoclastos reabsorve o tecido necrosado (cor verde). E, no canto inferior direito, em azul claro, temos osteócitos jovens.

Slide1.JPG
Slide1.JPG

Nessa outra lâmina fica mais evidente a linha cementante (amarelo) que separa o matriz óssea recém formada sem lamelas (azul) da matriz ósseo madura com lamelas (linhas vermelhas).

O QUE É OSTEOPOROSE?

    Osteoporose é uma doença que se caracteriza pela perda progressiva de massa óssea, tornando os ossos enfraquecidos e predispostos a fraturas.

Slide1.JPG

Eletromicrografia de varredura de osso trabecular. A. Esta imagem mostra o corte do osso trabecular obtido de um corpo vertebral de um indivíduo saudável. B. Esta amostra foi obtida de um corpo vertebral de uma mulher idosa, mostrando sinais significativos de osteoporose. Compare o padrão de arquitetura trabecular na osteoporose com o osso vertebral normal. (Cortesia do Dr. Alan Boyd.)

 

Fonte: Pawlina, W. (2021). Ross Histologia - Texto e Atlas (8th ed.). Grupo GEN. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788527737241

Algumas dicas podem ajudar na prevenção ou no controle da osteoporose

a) a ingestão de cálcio é fundamental para o fortalecimento dos ossos. Adote uma dieta rica em alimentos com cálcio (leite e derivados, como iogurtes e queijos). Os médicos indicam dois copos de leite desnatado e uma fatia de queijo branco por dia;
b) consuma verduras de folhas escuras, como brócolis, espinafre e couve;
c) evite carne vermelha, refrigerante, café e sal;
d) exponha-se ao sol de forma moderada. Os raios ultravioletas sobre a pele estimulam a produção de vitamina D, fundamental para a absorção do cálcio pelo organismo. Basta de 20 a 30 minutos de sol por dia, entre 6h e 11h;
e) não fume e evite o consumo excessivo de álcool;
f) independente da idade inicie um programa de exercícios (pode ser caminhada ou musculação, por exemplo). Entre outras vantagens, ajuda a fortalecer os músculos, melhorar o equilíbrio e os reflexos, evitando as quedas;
g) mulheres que entraram na menopausa devem consultar um médico para começar um tratamento especial. A partir de 45 anos, devem ser submetidas a um teste de densitometria óssea;
h) obstáculos como móveis, tapetes soltos e pouca iluminação, podem facilitar quedas e, conseqüentemente, provocar fraturas em pessoas com osteoporose.

 

Saiba como deixar a casa mais segura para evitar quedas

a) na cama, é importante que a pessoa sentada consiga apoiar os pés no chão, evitando assim, a hipotensão postural (tonturas);
b) a mesa de cabeceira deve ser 10 cm mais alta do que a cama e com bordas arredondadas. Se possível, fixe-a no chão ou na parede, evitando que se desloque caso a pessoa precise apoiar-se nela;
c) sempre que possível, instale os interruptores de luz próximos à cama, ou adote um abajur;
d) prefira pisos antiderrapantes para áreas molhadas (como box e corredores);
e) evite tapetes soltos e prefira os de borracha e antiderrapantes;
f) o corrimão das escadas deve ter altura média de 80 cm e os degraus das escadas devem ser marcados com fitas antiderrapantes.

Fonte: https://bvsms.saude.gov.br/osteoporose-7/

© 2022 by Paulo Santos. 

bottom of page